As pessoas podem montar seus sistemas GNU/Linux da maneira que desejarem, seja compilando os componentes do sistema (kernel e aplicativos), seja baixando imagens de instalação de sistemas compilados completamente para sua arquitetura de hardware.

Diferente do sistema Windows, cujas versões são produzidas por uma única empresa, as versões de Linux são disponibilizadas por muitos fornecedores diferentes. Pode-se pensar nisso como times de futebol, onde os instrumentos (bolas, chuteiras) são os mesmos, variando um pouco na marca, mas os componentes das equipes e a forma de jogar é completamente diferente para cada time. No caso de Linux, o núcleo do sistema (kernel) é o mesmo, variando um pouco na versão (2.4, 2.6, etc) mas o conjunto de programas final, ou seja, o sistema operacional de forma completa, comporta-se de maneira distinta de um fornecedor para o outro.

Os fornecedores de imagens do sistema prontas para instalação são conhecidos como distribuidores e eles existem em grande número. A diferença entre as distribuições está nos objetivos para que foram criadas, os programas e padrões usados para distribuir pacotes de aplicativos aos usuários, além do sistema de instalação, praticidade de utilização e ferramentas de manutenção, documentação e suporte. Os conjuntos de software resultantes recebem o nome de Distribuições GNU/Linux.

Muitas distribuições são mantidas por organizações ou empresas, como é o caso de Red Hat, Mandriva, Debian e Gentoo, por exemplo. Entretanto, devido à característica de código aberto, nada impede que qualquer pessoa possa criar sua própria versão de Linux e distribuí-la, o que explica as mais de 300 distribuições disponíveis. O que faz a diferença neste caso é a qualidade do software produzido, uma vez que as organizações costumam testar muito bem seus conjuntos de software antes de torná-los disponíveis aos usuários, o que acaba tornando apenas 20 ou 30 distribuições mais conhecidas e utilizadas.

Escolher qual distribuição será utilizada cabe a cada usuário, de acordo com o atendimento de suas necessidades. Em geral, recomenda-se que os usuários escolham distribuições que sejam atualizadas e suportem todo o hardware de seus equipamentos.
A escolha de uma distribuição vai além da opinião alheia sobre ela, afinal, o que é bom para um usuário pode não ser satisfatório para outro. Como base para escolha, o usuário pode definir o que espera da distribuição e pesquisar na Internet sobre cada item, por exemplo:

– Minhas placas de vídeo, som, rede e modem são suportadas pela distribuição?

– É possível instalar os programas dos quais necessito e consigo fazer isto sozinho?

– Se eu precisar de ajuda, existem comunidades na Internet, fóruns, suporte gratuito ou mesmo pago?

– Onde encontro documentação sobre o sistema para que possa aprender mais sobre a distribuição?

– E sobre as atualizações do sistema, o desenvolvimento dela é ativo?

– A distribuição é estável ou existem muitas falhas?

Conforme a busca é realizada, o usuário notará que algumas distribuições providenciam certas facilidades aos usuários, mas não possuem estabilidade suficiente, outras são leves e estáveis, mas não possuem uma comunidade ativa. Portanto escolha a distribuição que melhor atende as suas necessidades.

Distribuições Linux. Qual utilizar?

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